terça-feira, outubro 16, 2007

Música Brasileira

Um "breve" histórico da música brasileira


Antes da chegada dos portugueses, os índios já faziam música.
Suas músicas eram executadas em solos e coros, acompanhados pela dança, bater das palmas, dos pés, flautas, apitos, cornetas, chocalhos, varetas e tambores.
Quando as primeiras missões de jesuítas portugueses chegam ao Brasil, além do catolicismo e dos princípios básicos de uma nova forma de civilização, os padres passam a introduzir as noções elementares da música européia aos índios e a apresentar seus instrumentos musicais, num primeiro contato importante de fusão e influência na nascente história da música brasileira.
A partir do primeiro século da colonização, chegam os primeiros grupos de escravos trazidos da África para trabalhar nas lavouras brasileiras, trazendo suas músicas, danças, idiomas, macumba e candomblé – criando a base primordial de uma nova etapa fundamental na história inicial da música brasileira.
A cultura musical africana dos escravos negros é preservada e desenvolvida através dos Quilombos. Surgem, então, as primeiras formas de uma música afro-brasileira, que desenvolveria o afoxé, jongo, lundu, maracatu, maxixe, samba e outros gêneros futuros.
1650 – 1700
A colonização portuguesa introduz largamente instrumentos europeus sofisticados como a flauta, violão, cavaquinho, clarinete, violino, violoncelo, harpa, acordeon, piano, bateria, triângulo e pandeiro.
A partir dos rituais religiosos das missões jesuítas nascem os primeiros cultos folclóricos populares dos habitantes locais como o 'reisado' e o 'bumba-meu-boi'.
A música sacra, as baladas melancólicas e as modas portuguesas contribuem para a formação da música brasileira.
Século XVIII
Surge o mais importante gênero musical – a modinha. Criada em Portugal, e responsável pelos aspectos melódicos e românticos na música brasileira, a modinha exerce grande influência até a Nova República, no início do século XIX.
Século XIX
Em 19 de março de 1870, na Itália, estréia no lendário Teatro Scala de Milão, a obra máxima do maestro-compositor brasileiro Carlos Gomes (1836-1896) – a ópera O Guarani –, baseada no romance de José de Alencar.
Com ela, o Brasil nascia para o mundo musical.
Carlos Gomes foi, sem dúvida, o maior compositor das Américas no século XIX.
Em 1875, diretamente dos lendários cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro, nasce o maxixe – a primeira dança de par e gênero musical modernos genuinamente brasileiros. Ele surge da mistura do lundu com o tango argentino, a habanera cubana e a polca.
Em 1880 surge o choro (chorinho), no Rio de Janeiro, através de pequenos grupos instrumentais, formados por pessoas modestas, que se reúnem nos subúrbios cariocas com suas flautas, cavaquinhos e violões. A mágoa e a nostalgia deram o nome ao gênero.
Esta é também a época das serenatas de fins de noite.
Em 1890 surge o frevo em Recife, Pernambuco. Um dos mais importantes gêneros musicais e danças do país.
Em 1899, no Rio de Janeiro, a compositora Chiquinha Gonzaga (1847-1935) compõe a primeira marcha carnavalesca da história da música brasileira chamada "Ô Abre Alas", um enorme sucesso e de grande influência na consolidação das bases iniciais da música popular brasileira.
1920 – 1950
Antecedendo a bossa nova, surge o samba-canção, um tipo mais lento, melancólico e romântico, orquestral e instrospectivo do gênero, também conhecido como samba de meio do ano, ou seja, aquele lançado depois dos sambas de carnaval. Sob forte influência do bolero, o samba-canção se consolidaria a partir de 1930.
Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
O compositor brasileiro que participou da Semana de Arte Moderna, é até hoje o mais conhecido no exterior. Aproveitou os elementos folclóricos para criar suas músicas.
Aclamado por suas Bachianas, pela série dos Choros e Cirandas.
Villa-Lobos
1930 – 1946
Época áurea do rádio, com seus programas populares ao vivo de música de auditório, no Rio de Janeiro, com Ary Barroso.
Os 'cantores do rádio' (Francisco Alves, Orlando Silva, Silvio Caldas)
As 'rainhas do rádio', (Emilinha Borba e Marlene).
1939
É composta "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso (1903-1964), que inaugura o gênero samba-exaltação. Foi a primeira e mais importante música exportada aos Estados Unidos e Europa até então.
1943
Em Hollywood, o cineasta e desenhista norte-americano Walt Disney inclui em seu desenho"Alô Amigos" (Saludo Amigos) uma versão em iglês da música "Aquarela do Brasil" , de Ary Barroso, alterando o título para "Brazil”, com grande sucesso. Esse samba torna-se praticamente um segundo hino brasileiro e abre definitivamente as fronteiras do mundo para a música brasileira.
Em maio de 1955, com a gravação de "Saudosa Maloca", pelo grupo Demônios da Garoa, Adoniran Barbosa (1910-1982) firma o seu estilo peculiar que o tornaria célebre como o mais fiel cronista das camadas populares paulistanas, inspirando-se no linguajar dos diferentes grupos de imigrantes, predominantemente o italiano. Outros grandes sucessos de Adoniran Barbosa foram: "O Samba do Arnesto", "Tiro Ao Álvaro", e o enorme sucesso de "Trem das Onze“.
Adoniran Barbosa é tido como o maior compositor popular da capital de São Paulo.
Ainda em 1955, com fortes ecos dos Estados Unidos e Inglaterra, o rock'n'roll chega ao Brasil.
A primeira grande estrela do gênero é Celly Campelo (1942-) com os hits "Estúpido Cupido" e "Banho de Lua", já no início dos anos 60.
Logo depois, seria totalmente absorvido e adaptado pelo movimento da jovem guarda.
Em 1958, o disco da cantora Elizeth Cardoso, 'Canção do Amor Demais', com a primeira gravação do futuro clássico "Chega de Saudade" (Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes), e participação especial do baiano João Gilberto no violão, inaugura oficialmente a bossa nova.
O termo MPB – Música Popular Brasileira – é empregado pela primeira vez em 1960, por Ary Barroso, na contra-capa do disco 'Bossa Nova', de Carlos Lyra.
Com estréia no mês de setembro de 1965, o cantor e compositor pop Roberto Carlos torna-se o Rei da Juventude nacional. Na liderança do movimento Jovem Guarda, apresenta um programa semanal homônimo de televisão, na TV Record de São Paulo, ao lado de Erasmo Carlos, Wanderléa e convidados como Eduardo Araujo, Martinha, Rosemary, Ronnie Von, Antonio Marcos, Deny e Dino, Leno e Lilian, The Jordans, The Jet Blacks, Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, Os Incríveis e outros. O programa de TV terminaria em 1969.
O movimento foi responsável pela introdução da guitarra elétrica e instrumentos eletrônicos na nascente Tropicália – de Caetano Veloso e Gilberto Gil – que seria uma das causas do fim da Jovem Guarda, suplantando-a em popularidade.
Em 1965 acontecem os grandes festivais. A extinta TV Excelsior produz o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Nos dois anos seguintes, a TV Record realiza outros dois. Também os Festivais Universitários de Música Popular Brasileira, da TV Tupi, do Rio de Janeiro.
Da soma deles, surgem nomes como Elis Regina (com "Arrastão", de Edu Lobo e Vinícius de Moares), Caetano Veloso (com "Alegria, Alegria", dele mesmo), Gilberto Gil (com "Domingo no Parque", dele mesmo), Gal Costa (com "Divino Maravilhoso", de Caetano), Os Mutantes (com "Dois Mil e Um", de Rita Lee e Tom Zé), Chico Buarque de Hollanda (com "A Banda" e "Roda Viva", dele mesmo), Milton Nascimento (com "Cidade Vazia", de Baden Powell e Lula Freire), Tom Zé (com "São Paulo, Meu Amor", dele mesmo), Paulinho da Viola (com "Sinal Fechado", dele mesmo), MPB-4 e outros.
Com a repressão e censura instauradas pelo regime militar, configura-se o espírito para o surgimento das músicas de protesto, sendo Chico Buarque de Hollanda o compositor mais importante e representativo desse tipo particular de expressão musical, com "Apesar de Você" (1970), "Construção" (1971), "Deus Lhe Pague" (1971).
Outro a ser ressaltado é o compositor e cantor Sérgio Ricardo, que em 1967, tomou parte no Festival da Canção de Protesto, realizado na Bulgária, onde suas músicas foram interpretadas por Geraldo Vandré. Por sua vez, Vandré atingiu o ponto máximo de sua carreira de cantor e compositor com a então clássica e polêmica canção "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", ou "Caminhando" (1968), defendida no III Festival Internacional da Canção, e que se tornou uma espécie de hino estudantil na época.
Com o lançamento do disco 'Tropicália – Panis Et Circenses', de 1968, com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes e o maestro Rogério Duprat, o tropicalismo é oficialmente reconhecido como manifesto e nova proposta musical, inspirado na tese antropofágica da Semana de Arte Moderna de 22, possibilitando o desdobramento do movimento em trabalhos individuais de seus principais protagonistas em releituras e novas perspectivas para a música brasileira.
Participaram do movimento, Tom Zé, os letristas Torquato Neto e Capinam, os maestros arranjadores Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Pela defesa da música brasileira, o tropicalismo incorporou, com muita polêmica, o uso da guitarra elétrica, de gêneros como o bolero, o carnaval, as músicas de raiz e elementos do rock. O nome Tropicália foi extraído por Caetano de uma instalação do artista plástico Hélio Oiticica.
1973 é o apogeu da carreira de Raul Seixas (1945-1989) – um dos maiores roqueiros da história da música pop brasileira. Tendo começado profissionalmente dois anos antes, foi somente em 1973 que ele consegue o seu primeiro grande sucesso com "Ouro de Tolo”. No mesmo ano, viriam outros hits como "Metamorfose Ambulante", "Mosca na Sopa", e "Al Capone" (com Paulo Coelho).
Anos 80 - 90
Em busca de novas alternativas musicais como resposta à já institucionalizada MPB, parte da elite da juventude brasileira de classe média provoca uma nova onda de rock e pop, apoiada no movimento pós-punk new wave, que domina totalmente o cenário musical nacional com um forte movimento underground.
Surgem Titãs, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana (Renato Russo), Barão Vermelho (Cazuza e Frejat), RPM (Paulo Ricardo), Ultraje a Rigor, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Lobão, Biquini Cavadão, Ratos de Porão (João Gordo) e outros.
Em 20 de outubro de 1990, começam oficialmente as transmissões da MTV Brasil, importante emissora pop de marca internacional que passa a representar o segmento jovem da música mundial e da música brasileira, através de seus consagrados formatos videoclipes.
Em 1992, com o enfraquecimento e desarticulação do movimento pop-rock brasileiro e internacional do fim dos anos 80, surgem renovadas categorias musicais de forte apelo popular que predominam por toda a década no Brasil – como o dolente samba-pagode, a carnavalesca axé music e a nova música sertaneja de sotaque country.
Um ano depois o formato CD começa a suplantar o vinil em vendas. O ainda grande mercado de fitas cassetes existente no país é praticamente de controle total da pirataria. A partir de 1997, a produção de vinil é extinta.
Em 1994 surge o movimento mangue beat. É lançado o primeiro disco de Chico Science & Nação Zumbi, 'Da Lama Ao Caos', da banda mais inovadora e uma das mais representativas – e a mais popular – do movimento de Recife (Pernambuco).
Depois de mais de 10 anos de um movimento praticamente marginalizado pela mídia, o rap atinge firmemente setores da classe média a partir de 1997. Nesse movimento hip-hop (com o grafite e a breakdance), destacam-se tanto artistas de classe média alta como Gabriel, O Pensador, quanto grupos vindos das violentas periferias das grandes cidades. Entre eles: Racionais MCs (SP) – o maior fenômeno do mercado independente com mais de 1 milhão de CDs vendidos –, Pavilhão 9 (SP), Faces do Subúrbio (PE), Planet Hemp (RJ), Nocaute (RJ), Detentos do Rap (da penitenciária do Carandiru, em São Paulo), Câmbio Negro (DF), Da Guedes (RS), Xis & Dentinho (SP), Marcelo D2 (Planet Hemp) – com contundentes críticas sociais.

domingo, setembro 30, 2007

O ARENA

O Teatro de Arena de São Paulo


por Sábato Magaldi




A principal característica do Teatro de Arena, fundado em São Paulo em 1953, tendo à frente José Renato - egresso, como outros, da Escola de Arte Dramática -, foi a de nacionalizar o palco brasileiro, a partir da estréia de Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958.

No início, o grupo, que foi o primeiro na América do Sul a utilizar a cena circular envolvida pelo público, visava sobretudo à economia do espetáculo, adotando as mesmas premissas estéticas do Teatro Brasileiro de Comédia, com o ecletismo de repertório. Sem a necessidade de cenários, atuando em locais improvisados, o grupo podia abolir muitas despesas.

Mesmo assim, tendo inaugurado em 1955 a sala da rua Theodoro Bayma, o Arena, em difícil situação financeira, preferiu fechar as portas com uma peça de um de seus atores, originário do Teatro Paulista do Estudante, ao qual se uniu para formar-se o Elenco Estável: Gianfrancesco Guarnieri. Black-tie não só se constituiu um grande sucesso de mais de um ano em cartaz, como iniciou a linha de prestígio da dramaturgia brasileira, continuada por Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho, Revolução na América do Sul, de Augusto Boal, e outros textos, aprovados no Seminário de Dramaturgia que ali se criou.

O Arena, com a colaboração de Augusto Boal, conhecedor das experiências do Actors'Studio, nos Estados Unidos, empenhou-se também na procura de um estilo brasileiro de encenação e de desempenho. A seguir, promoveu a nacionalização dos clássicos. Veio depois a fase dos musicais, expressa por Arena Conta Zumbi e Arena Conta Tiradentes, de Guarnieri e Boal. Com o Sistema Curinga, aí adotado, abrasileirou-se o teatro épico de Brecht.

A repressão violenta da ditadura, principalmente com o Ato Institucional nº 5, de 1968, ainda permitiu a Augusto Boal fazer a experiência do Teatro Jornal, primeiro passo de seu Teatro do Oprimido, que se desenvolveu no exterior nas formas do Teatro Invisível e do Teatro-Foro. Mas seu exílio, em 1971, já afastados outros valores do grupo, interrompeu a grande trajetória do Teatro de Arena.

quinta-feira, setembro 20, 2007

TEATRO OFICINA

O Teatro Oficina surgiu em 1958, quando dois estudantes da Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, em São Paulo, Renato Borghi e José Celso Martinez Corrêa, organizaram um grupo de teatro amador, juntamente com Carlos Queiroz Telles, Amir Haddad, Moracy do Val, dentre outros. O início das atividades do Oficina foi a estréia de A ponte, de Carlos Queiroz Telles, e Vento forte para um papagaio subir, de Zé Celso. Também Antônio, de Zerbini, O guichê, de Jean Tardieu e Geny no pomar, de Charles Thomas.

Em dezembro de 1959, o grupo apresentou As moscas, de Sartre. Em 1960 encenou A engrenagem, também de Sartre. No início do mesmo ano, em co-produção com o Teatro de Arena, o Oficina montou Fogo frio, de Benedito Ruy Barbosa. Em 1961 estreou A vida impressa em dólar, de Clifford Odetts, que devido a perseguições da censura rendeu uma passeata do elenco amordaçado pelas ruas de São Paulo.

Em dezembro de 1961, o Oficina estreou José, do porto à sepultura, de Augusto Boal. O espetáculo seguinte, em 1962, foi Todo anjo é terrível, de Ketti Frings. Ainda em 1962, surgiu Quatro num quarto, de Katáiev, na época em que Ittala se integrou ao grupo. A princípio, a atriz começou a trabalhar no Oficina meio por acaso, como uma espécie de tesoureira e auxiliar de escritório. Um dia, durante a ausência da atriz Rosamaria Murtinho, que ficou doente, Ittala assumiu seu personagem, Ludmila, em Quatro num quarto, e acabou ganhando o papel.

A peça seguinte foi Os pequenos burgueses, de Gorki, em agosto de 1963. “O Oficina representava, naquele momento, a síntese de todos os meus desejos. Acreditávamos num homem melhor, numa sociedade mais justa e igualitária. Havia uma familiaridade enorme entre os personagens gorkianos e nós. A peça parecia escrita por um autor nacional, tal a semelhança entre a vida daqueles tipos russos e a do homem brasileiro”, escreve.

Contam que, em 3 de abril de 1964, três dias após o golpe militar, já não foi possível fazer Os pequenos burgueses: o espetáculo foi suspenso pela censura quase na hora ir à cena. A todo momento chegavam notícias alarmantes de perseguições e prisões de artistas e intelectuais. Como Zé Celso, Renato e Fernando Peixoto estariam numa lista de perseguidos, o grupo optou por escondê-los no sítio da família da atriz Célia Helena, entre São Paulo e Rio.

A solução para que o Oficina não parasse de funcionar foi montar uma comédia e não deixar o teatro desativado por um minuto sequer, a fim de impedir uma possível invasão do prédio pela polícia política. Isso foi resolvido com os cursos de interpretação dados pelo ator russo naturalizado brasileiro, Eugênio Kusnet, que ocupava o teatro durante o dia e com os ensaios da comédia à noite.

O grupo escolheu montar Toda donzela tem um pai que é uma fera, de Gláucio Gil, dirigido por Benedito Corsi. No elenco, Ittala Nandi, Cláudio Marzo, Eugênio Kusnet, Célia Helena, Miriam Mehler e Raul Cortez, mais tarde substituído por Tarcísio Meira. Depois dos ensaios, Ittala e Cláudio Marzo iam levar mantimentos para os clandestinos Zé Celso, Renato Borghi e Fernando Peixoto. Segundo Ittala, o grupo Oficina recebia muitos telefonemas de ameaças, e camburões da polícia estacionavam em frente ao teatro.

Alguns meses depois, a lista negra, que incluía os nomes desses “foragidos”, foi momentaneamente suspensa. Os três puderam sair do esconderijo e pensar em retomar a montagem de Os pequenos burgueses. Mas isso só aconteceu após dois meses de luta contra a censura..., passado o instante em que grupo teve de pagar “uma bela quantia à censura”. Mas a sua interpretação em Toda donzela... acabou lhe rendendo o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, dado pela Associação de Críticos Paulistas naquele ano Os pequenos burgueses voltou em cartaz contendo uma sabotagem do sistema contra-revolucionário implantado em abril: os censores proibiram a execução da Internacional, hino que encerrava o espetáculo, sendo substituído pela Marselhesa. Mas como a peça tratava da vitória proletária, o sucesso entre o público resultou estrondoso de qualquer maneira. Se o hino do proletariado foi proibido, o conteúdo revolucionário de A Marselhesa ali ficou muito evidente.




Depois eles montaram Os inimigos, de Gorki, indicada para mostrar um painel social que se assemelhava ao momento presente. Trata da questão de luta de classes: patrões versus operários e a repressão, mostrando a impossibilidade de existir o “patrão bonzinho”. O cartaz para a divulgação do espetáculo mostrava uma enorme bota militar esmagando os personagens da peça. Os inimigos estreou em janeiro de 1966 e, óbvio, a censura não deixou o Oficina em paz durante toda a temporada. Numa apresentação, no Rio de Janeiro, se encontrava o ditador de turno, general Castelo Branco, que no final do espetáculo foi cumprimentar o elenco.

No dia 31 de maio de 1966, um grande incêndio destruiu, quase que por completo, as instalações do Oficina. O laudo do incêndio dizia que um pedaço de madeira em chamas atravessou o forro do teatro e caiu na platéia. Rapidamente tudo foi destruído. Mas isso não desanimou o pessoal do Oficina, que saiu em busca de empréstimos e depois de um ano e meio, reinaugurou a sede reformada.

Durante o período das obras, o Oficina se apresentou em outras casas e viajou pelo Brasil com remontagens. Ainda em 1966, Ittala participou de um trabalho fora do Oficina: Senhor Puntilha e seu criado Matti, de Brecht, sob a direção de Flávio Rangel — desempenho que lhe proporcionou uma bolsa de estudos, por seis meses, em Paris, oferecida pelo governo francês.


Em 29 de setembro de 1967, O rei da vela, de Oswald de Andrade, reinaugurou, ao som de Yes, nós temos bananas, de Lamartine Babo, cheio de deboche e irreverência, o Oficina. A peça, escrita em 1933, ainda não havia sido encenada por ninguém.

“O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade foi montado pelo Teatro Oficina, com direção de José Celso Martinez Corrêa trinta e três anos depois de escrito e ainda assim revelou traços de vanguarda. Tinha por objetivo destruir a equivocada concepção do “Brasil exótico”, do “país tropical produtor de bananas”. Com essa montagem histórica o Oficina alcança grande notoriedade, lançando o tropicalismo, que aglutina setores da música, do cinema e das artes plásticas, dando impulso a um movimento estético coeso e de abrangência nacional.


O espetáculo rendeu muitos telefonemas de ameaças, mas foi sucesso absoluto de público, com uma receptividade maravilhosa da platéia, que aplaudia em cena aberta.



--> ainda falta muita história sobre esse grupo... mas depois eu coloco aqui, ok.

CLIQUE - SITE OFICIAL DO TEATRO OFICINA

TEATRO NO BRASIL

As primeiras manifestações teatrais européias chegaram ao Brasil através dos Jesuítas, entre os séculos XVI e XVII. Eram autos religiosos representados ao ar livre, nas praças ou na frente das igrejas, destinados à conversão dos nativos e à pregação moral para os europeus. Encenavam-se os mistérios da Paixão de Cristo e a vida dos santos, de acordo com a tradição medieval. A essas representações, misturavam-se, às vezes, elementos indígenas: na intenção de catequizar, o teatro jesuíta fazia das divindades indígenas a encarnação do mal, opondo-as aos santos. Os únicos registros dramaturgicos desse período são do missionário e poeta José de Anchieta.

O TBC



Papel importante teve o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), primeira companhia de teatro brasileira, cujo principal trabalho se desenvolveu na década de 50. Fundado em 1948 pelo empresário Franco Zampari, o TBC formou uma geração de atores profissionais. O teatro recebia ajuda financeira das classes abastadas, atraindo profissionais de gabarito que fugiam da Europa abalada pela guerra. O TBC mantinha sob contrato um elenco formado pelos melhores atores da nova geração (Tônia Carreiro, Paulo Autran, Cacilda Becker, Adolfo Céli, Maria Della Costa, Walmor Chagas, Cleide Yáconis entre outros), logo a vida teatral daquela época passou a girar em torno dele.
O TBC é o empreendimento que, ao longo de seus 16 anos de existência, transforma o rumo da cena nacional. A partir da experiência desta companhia consolida-se o advento da encenação moderna no país; a profissionalização dos atores; a simbiose entre divertimento e cultura, sem nunca perder de vista a questão da produtividade a partir do faturamento da bilheteria; o treinamento e formação do ator no sentido da subordinação à intenção do espetáculo, ou seja dos parâmetros da encenação (a visão do diretor); como também o projeto da casa de espetáculos agregando uma oficina de produção teatral (ateliê, guarda-roupa, marcenaria, arquivo).  

O ARENA

“Eles não usam black-tie”, de Gianfrancesco Guarniere estreou em São Paulo em 1958. A montagem foi feita pelo Teatro de Arena e teve a direção de José Renato.
Com origem nos anos 1950, o Arena torna-se o mais ativo disseminador da dramaturgia nacionalista que domina os palcos nos anos 1960, aglutinando expressivo contingente de artistas comprometidos com o teatro popular.
Abordando problemas sociais decorrentes do processo de industrialização do país, “Eles não usam black-tie”, de certa forma, inaugura nossa dramaturgia social urbana.

CINEMA NOVO

O Cinema Novo de Glauber Rocha, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Paulo Cesar Saraceni, Walter Lima Jr. e Nelson Pereira dos Santos se tornaria o movimento estético e intelectual mais denso e produtivo de nossa história.
O regime militar atingia seu poder máximo e asfixiava os setores culturais do país.
Os cineastas do cinema novo propunham uma estética da fome.

“O cinema novo não é uma questão de idade; é uma questão de verdade.”
Paulo Cezar Saraceni



Glauber Rocha foi o maior defensor e realizador dos principais filmes “Cinema Novo”, como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e Barravento (1962), propunha filmar apenas com uma câmara na mão e uma idéia na cabeça, em uma já célebre frase que até hoje causa controvérsias.

Clique aqui (site oficial do Glauber Rocha)

Clique aqui (Trecho de Deus e o Diabo na terra do sol, de Glauber Rocha)


Todo o ideário do Cinema Novo era baseado na discussão do nacional, na controvérsia e na negação da versão oficial.

Muitos se prendem a este cinema revolucionário e utópico, que queria mudar o mundo, mas acabou eclipsado pela violência militar e econômica que não permitiu a formação de autênticos autores. Muitos desconhecem os filmes, as idéias e principalmente os feitos alcançados por nossos maiores pensadores do cinema.

Cinema no Brasil

A VERA CRUZ



A Cia. Cinematográfica Vera Cruz foi o mais importante estúdio cinematográfico brasileiro da década de 50. Foi fundada pelo produtor italiano Franco Zampari e pelo empresário Ciccillo Matarazzo em São Bernardo do Campo – SP, em 1949.
Durante os quatro anos em que ela sobreviveu, realizou cerca de 20 filmes de longa-metragem.

A primeira produção da Vera Cruz, CAIÇARA, de 1950, narra o drama de uma jovem que se casa com um homem autoritário em uma aldeia de pescadores. Prêmio de melhor filme brasileiro no Festival de Punta del Este, em 1951. Dirigido por Adolfo Celi. Com Eliane Lage e Mário Sérgio.


ANGELA (1950) conta a história de Gervásio, jogador inveterado e de pouca sorte, perde sua última propriedade, a mansão onde vive com a mãe, a enteada e a esposa doente. O vencedor do jogo, Dinarte, um homem de decisões súbitas e de grande sorte no jogo, insiste em ver a propriedade naquela mesma noite. Durante a visita Ângela, a enteada, comunica o falecimento da esposa. Dinarte acaba se envolvendo com Ângela, com quem se casa, depois de deixar sua amante Vanju, uma cantora popular. Os dois vivem momentos de felicidade numa viagem pitoresca às Missões e ao Rio de Janeiro. Com o nascimento da filha, Dinarte promete não jogar mais, contudo, entre bilhares, cavalos e brigas de galos termina perdendo tudo, assim como Gervásio, que continua decaindo cada vez mais. Enquanto isso a família se dissolve, restando a Ângela somente o seu bebê e algumas recordações.
Com Eliane Lage e Alberto Ruschel. Dir. de Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne.


TERRA É SEMPRE TERRA, de 1951
Numa plantação de café abandonada, o capataz Tonico dirige tudo com mão de ferro. Casado com uma mulher muito mais jovem, admira-a apenas como um objeto.Seu único interesse é conseguir dinheiro, roubando nas colheitas . Na cidade, a dona da plantação decide mandar seu filho, jogador e mulherengo, cuidar da fazenda. Jogando, perde muito dinheiro, inclusive o dinheiro guardado para o pagamento de seus peões. Tonico se oferece para comprar-lhe a plantação e, assim, pagar-lhe as dívidas de jogo. Dir. De Tom Payne.


APASSIONATA, de 1952, conta a história de uma grande pianista que faz todos os sacrifícios pela sua arte, até que se vê acusada, pela governanta, da morte de seu marido. Uma vez comprovada sua inocência, retira-se para um lugar junto ao mar, onde conhece Pedro, o diretor de um reformatório de jovens delinqüentes, que por ela se apaixona, reconhecendo sua verdadeira identidade. Pedro tenta dissuadi-la de fazer uma turnê, mas ela prefere a carreira ao amor e volta a dar concertos. Com Tônia Carrero e Anselmo Duarte. Dir. de Fernando de Barros.


O drama psicológico-policial VENENO, de 1952, conta a história um homem que ama apaixonadamente sua esposa e desconfia que esse amor não é correspondido. Passa a confundir vida e sonho até que acaba envenenando sua esposa. Dirigido por Giannei Pons.

Produção da Vera Cruz envereda pelo gênero “popularesco” da comédia, SAI DA FRENTE, de 1952, mostra um dia atrapalhado na vida do dono de um caminhão bem velho. Ao fazer uma mudança de São Paulo para Santos, ele se envolve em inúmeras confusões com burocratas, policiais e motoristas de carro. Inesquecível interpretação de Mazzaropi. Dirigido por Abílio Pereira de Almeida.

TICO-TICO NO FUBÁ, de 1952, é de uma biografia do compositor popular Zequinha de Abreu. Ele compõe Tico-tico no Fubá para sua amada, mas o destino não os deixa ficar juntos. Depois de muito tempo a encontra, por acaso e, enquanto tocava a música que havia composto para, ela emociona-se e morre. Com Tônia Carrero e Alselmo Duarte. Direção de Adolfo Celi.


NADANDO EM DINHEIRO, 1952:
Isidoro descobre que é herdeiro único de uma grande fortuna. Muda-se para a mansão herdada e começa a viver como milionário. Num jantar de gala descobre que as pessoas presentes à festa caçoavam de seus modos de novo rico. Isidoro começa a ter uma vida dupla, que acaba provocando uma série de confusões. Quando sua esposa decide deixá-lo, ele lhe conta de sua nova situação financeira pedindo-lhe, em vão, que volte. Triste, ele volta à sua mansão, onde é atacado por robôs que comprara de um investidor. Contudo, quando os robôs atacam, Isidoro acorda em sua pequena casa ao lado de sua mulher e filha. Nadando em dinheiro, mas ....em sonho. Uma comédia com Mazzaropi. Dir. de Abílio Pereira de Almeida e Carlos Thiré.

SINHA MOÇA, 1952:
Na pequena cidade de Araruna, no fim do século passado, as contínuas fugas de escravos traziam os grandes senhores alarmados, em especial o coronel Ferreira. É nessa ocasião que sua filha Sinhá Moça regressa de São Paulo dominada pelos ideais abolicionistas. Em sua viagem de volta conhece Rodolfo Fontes, filho de um renomado médico de Araruna, abolicionista entusiasta. No primeiro instante os dois jovens sentem-se mutuamente atraídos, porém, logo ela descobre as tendências escravocratas de Rodolfo e trava-se em seu espírito a luta entre seu amor pelo jovem e suas convicções humanitárias. O responsável pela fuga de escravos é levado ao tribunal e, para surpresa de todos, o jovem Rodolfo, confesso escravocrata, serve-lhe de advogado de defesa. Com Eliane Lage e Anselmo Duarte. Direção de Tom Payne.


Em FAMÍLIA LERO LERO, de 1953, a Vera Cruz continua investindo na comédia popularesca. Trata-se da história de um funcionário público atormentado pelos inesgotáveis desejos de sua família, na qual ninguém trabalhava. Com Walter D’Ávila e Renato Consorte. Dirigido por Alberto Pieralisi.

Com o filme CANGACEIRO, de 1953, veio a primeira grande consagração mundial da companhia , com a premiação do diretor Lima Barreto no Festival de Cannes. Aborda o conflito entre dois cangaceiros para recuperar uma professora raptada. Essa mistura de faroeste nordestino com drama romântico, épico e histórico, tornou-se um clássico do cinema brasileiro, criando um gênero, o filme de cangaço.


UMA PULGA NA BALANÇA, 1953
Um ladrão se deixa prender voluntariamente. Uma vez instalado na prisão ele procura nos jornais, diariamente, os nomes mais ilustres falecidos e envia, às suas famílias, uma carta extremamente comprometedora onde fica explícito que o falecido era seu parceiro num grande golpe. Essa maneira engenhosa de chantagem deixa consternada a família do morto que se apressa em pagar-lhe para manter o seu silêncio. A estória se desenrola em um ambiente no qual a hipocrisia dos herdeiros contrasta com a vida alegre e feliz de Dorival em sua cela, onde recebe suntuosamente suas vítimas. Com Waldemar Wey e Paulo Autran.

A comédia dos erros ESQUINA DA ILUSÃO, de 1953, conta as confusões criadas por Dante Rossi, dono de uma pizzaria no Braz, homônimo de um poderoso industrial de São Paulo. Essa coincidência, arranjada pela boa sorte, permitiu-lhe mentir durante muitos anos, escrevendo cartas para seu irmão na Itália nas quais dizia que "tinha feito a América". Seu irmão, encantado com tantas maravilhas, resolve visitar o falso milionário. Mas Dante consegue dinheiro emprestado com outros emigrantes sem fortuna, mas solidários com a idéia de aparentar grande vida. O milionário verdadeiro, também envolvido na trama, começa a desconfiar de que está acontecendo qualquer coisa fora do comum até que se desencadeia a grande confusão final. Com Alberto Ruschel e Ilka Soares. Dir. de Ruggero Jacobbi .


LUZ APAGADA, 1953:
Olavo, desde o falecimento de sua mulher nunca mais foi à cidade. Só a filha Glória é vista na cidadezinha, conversando sempre com Tião, amigo de infância. Embora corressem as mais estranhas histórias sobre a ilha, Tião sente-se atraído pela figura selvagem de Glória. Um dia, o comandante da administração portuária comunica que está enviando um ajudante. Glória pede a Tião que se case imediatamente com ela para que seja nomeado ajudante de seu pai. Antes que Tião se decida, Daniel chega à ilha e disputa com Tião o amor de Glória. Ocorre uma tragédia cujos detalhes são escondidos pela noite escura, com a luz do farol apagada.


É PROIBIDO BEIJAR, de 1954, é uma comédia sofisticada, considerada bastante americanizada. Um reles cronista social de São Paulo vê-se envolvido com a filha de um rico milionário, que se disfarça de atriz hollywoodiana. Dirigido por Ugo Lombardi. Com Tônia Carrero e Mário Sérgio.


No drama policial NA SENDA DO CRIME, de 1954, quatro jovens assaltam uma casa grã-fina, levando o dinheiro e um colar. O chefe do bando, ao mesmo tempo que esconde o que foi roubado, começa a disputar com um milionário o amor de uma vedete. Com Cleyde Yáconis e Miro Cerni. Dirigido por Flaminio Bollini Cerri.

CANDINHO, 1954:
Como o Moisés bíblico, Candinho foi encontrado nas águas, só que nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo. Candinho e o jumento crescem juntos, mas, um dia Candinho, um pouco mais inteligente que Policarpo, convenceu-se de que a vida era muito dura: por qualquer coisa errada, era espancado pelo seu benfeitor, o proprietário da fazenda, e decide fugir para São Paulo. A grande Babel assusta os dois caipiras. Candinho conhece Filoca, uma taxi-girl por quem se apaixona. Qualquer semelhança, mesmo que vaga, com o Cândido de Voltaire é claramente intencional. Mais uma comédia com Mazzaropi.


FLORADAS NA SERRA, 1954 (última produção da Vera Cruz)
Lucília descobre que está com tuberculose. Mas não consegue suportar o tratamento na clínica em Campos do Jordão. Enquanto esperava para voltar a São Paulo, conhece Bruno, que a faz perder o trem e começam um romance. Porém a paixão de Lucília consome rapidamente sua saúde, enquanto Bruno vai se recuperando e começa a se interessar por Olívia, outra paciente da clínica. Com Cacilda Becker e Jardel Filho.

segunda-feira, junho 04, 2007

Eleição no Colégio

Mostrei para os meus alunos da oitava série as 21 finalistas do concurso das NOVAS MARAVILHAS DO MUNDO e eles escolheram aquelas que eles mais gostavam... O resultado geral da "votação" foi bem bacana e as vencedoras foram:

1 - MURALHA DA CHINA
2 - TAJ MAHAL
3 - PIRÂMIDES DE GIZÉ
4 - COLISEU
5 - ÓPERA DE SYDNEY
6 - MACCHU PICCHU
7 - CRISTO REDENTOR

E vocês, já votaram no site do concurso???

sexta-feira, maio 11, 2007

Modernismo Brasileiro

O começo do século XX no Brasil foi marcado por fatos que mudaram sua história: o início da produção industria e a vinda de imigrantes de diversos países, por exemplo.
Como conseqüência o país assistiu a um expressivo crescimento econômico e a grandes transformações sociais, resultantes do convívio com diferentes culturas.

A Arte Moderna surge primeira na literatura com autores como Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti dell Picchia (entre outros)

Lasar Segall


Foi ele que, antes do Movimento Modernista de “22”, proporcionou ao Brasil o primeiro contato com a arte européia mais inovadora.
Segall nasceu na Lituânia e estudou pintura na Alemanha e nos Países Baixos. Veio para o Brasil em 1913, ano de sua primeira exposição no nosso país - a primeira com características expressionistas que já tinhamos recebido.
A partir de 1924 suas pinturas assumem aspectos mais próximos da realidade brasileira.

www.museusegall.org.br

Vilma e eu (1910)

Interior de pobres (1921)

Menino com lagartixas (1924)

As possíveis novas maravilhas do mundo

Ano passado a fundação "New 7 Wonders" estabeleceu um projeto para escolher as novas sete maravilhas do mundo. Para isso, no dia 1 de janeiro deste ano deu início a um concurso para eleger as novas sete maravilhas, dentre vinte e uma pré-selecionadas.

Eles tem um site bem interessante que você pode votar naquelas que você mais gosta.

www.new7wonders.com

São elas (em ordem alfabética):

Acrópole de Atenas, Grécia



Alhambra - Granada, Espanha



Angkor - Camboja



Basílica de Santa Sofia - Istambul, Turquia



Castelo de Neuschwanstein - Füssen, Alemanha



Chichén Itzá - Yucatan, Mexico



Coliseu - Roma, Itália



Cristo Redentor - Rio de Janeiro, Brasil



Estátua da Liberdade - Nova York, EUA



Estátuas da Ilha de Páscoa - Chile



Grande Muralha da China - China



Kremlin - Moscou, Rússia



Machu Picchu - Peru



Opera House - Sydney, Austrália



Petra - Jordânia



Pirâmides de Gizé - Egito



Stonehenge - Amesbury, Reino Unido



Taj Mahal, Agra - India



Templo Kiyomizu-dera - Kyoto, Japão



Timbuktu - Mali



Torre Eiffel - Paris, França

As sete maravilhas do mundo antigo

Já faz um tempo que eu não escrevo nenhum post novo aqui no blog. Os meus alunos que vem até aqui devem estar de saco cheio de não encontrar nada novo.
Bom, aqui estou então... com um assunto novo, ou melhor, um assunto bem velho: As Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

Vocês sabem quais são elas???? Pois é, quase ninguém sabe. Esse é um dos motivos que motivou um grupo de intelectuais a elegerem as Novas Sete Maravilhas... Além disso das sete apenas as pirâmides do Egito ainda existem.

Mas ai estão elas!

Pirâmides do Egito


ANO DE CONSTRUÇÃO entre 2575 a.C. e 2465.

As três pirâmides erguidas para servir de tumba para os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos ainda estão de pé. Mas muitos tesouros e até pedras da estrutura foram roubados. A maior pirâmide, Quéops, chegou a ter 230 metros de altura e 2,3 milhões de blocos de rocha, num trabalho que envolveu 20 mil homens e demorou 20 anos para ficar pronto.

Farol de Alexandria


ANO DE CONSTRUÇÃO 280 a.C.

Destruído por um terremoto no século XIV.
Essa torre de 110 metros de altura tinha no topo uma tocha ardente, visível a mais de 50 quilômetros de distância no mar, para indicar a entrada do porto de Alexandria, na ilha de Faros (do nome do lugar vem a palavra "farol"), no Egito. A obra só entrou na lista das sete maravilhas a partir do século VI — as versões mais antigas traziam os muros da Babilônia em vez do farol.

Jardins suspensos da Babilônia


ANO DE CONSTRUÇÃO 605 a.C. (aproximadamente)

Foram destruídos em data incerta. Duraram pelo menos 300 anos;
Diz a lenda que o rei babilônico Nabucodonosor II construiu os jardins para consolar sua mulher Amitis, que sentia falta da natureza de sua terra natal, o atual Azerbaijão. Os jardins ficavam em diversos terraços de até 97 metros de altura, irrigados por um sofisticado sistema hidráulico que incluía um "teleférico vertical" de baldes, girado por escravos.

Templo de Ártemis


ANO DE CONSTRUÇÃO 550 a.C.

Foi destruído num incêndio em 356 a.C.
O templo dedicado à deusa grega da caça foi construído pelos colonizadores gregos em Éfeso, na Turquia. O destaque do lugar eram as obras de arte, como a estátua de Artemis feita de ouro, prata e ébano. Hoje, tudo o que resta do templo são alguns fragmentos de suas colunas, guardadas no British Museum, em Londres, na Inglaterra.

Estátua de Zeus


ANO DE CONSTRUÇÃO 430 a.C.

Destruída no século V.
Esculpida pelo grego Phidias, a estátua levava ouro e marfim para sustentar os 12 metros de altura de Zeus, o chefão dos deuses do Olimpo. A estátua levou oito anos para ser concluída e durou mais de oito séculos. Os arqueólogos especulam que ela foi destroçada na destruição do templo de Zeus, no ano 426, ou num incêndio posterior em Constantinopla — atual Istambul, para onde a estátua teria sido levada depois.

Mausoléu de Helicarnasso


ANO DE CONSTRUÇÃO 353-351 a.C.

Destruído num terremoto entre os séculos XXI e XV.
Erguida em Halicarnasso, capital do antigo reino da Caria (hoje território turco), a tumba do rei Mausolo era tão suntuosa que o nome do morto deu origem à palavra "mausoléu", sinônimo de sepulturas luxuosas. Ornada por quadros dos maiores artistas gregos, a obra tinha 125 metros de altura, 36 colunas e telhado em forma de pirâmide, com uma imensa escultura em mármore.

Colosso de Rodes


ANO DE CONSTRUÇÃO 294-282 a.C.

Foi destruído num terremoto em 225 a.C.
Essa estátua de Hélios, o deus grego do Sol, ganhou o nome de "colosso" por suas enormes dimensões: ela tinha 32 metros de altura, era feita de bronze e aço e levou 12 anos para ser completada. Os restos permaneceram na ilha de Rodes até o ano 654, quando os árabes invadiram o lugar. Foram necessários 900 camelos para carregar os destroços.

quarta-feira, março 21, 2007

Quanto vale?


Lemon Marilyn

Esses dias (segunda feira, 19/03 pra ser mais exata) saiu no jornal uma reportagem sobre a obra "Lemon Marilyn", de Andy Warhol - um retrato de Marilyn Monroe feito em 1962 e comprado por um colecionador norte-americano por US$250 (sim "só" isso!!!) há anos - o tal colecionador comprou a tela numa galeria de Nova York... a que Warhol fez sua primeira exibição individual. O retrato será leiloado no dia 16 de maio desse ano e, o seu valor deve chegar a US$15 milhões... Que valorização, heim!!!
Em 2006 "Orange Marilyn", outra pintura da mesma série de Warhol foi vendida por US$16,3 milhões.
No final de 2006 outra tela de Andy Warhol rendeu alguns bons milhões para seu dono (US$ 17,376 - o maior valor pago por uma obra do artista), um retrato do líder comunista Mao Tse-Tung.

Pois é... esse tipo de coisa faz a gente pensar em quanto vale a arte... (ela tem preço?). Também me faz pensar na sorte que essas pessoas tiveram - como o anônimo dono de "Lemon Marilyn" que apostaram num artista novo e hoje (bom... só em maio, hehehehehe) vão ganhar uma bolada!!!





E vocês... o que acham disso? Dos valores pagos por essas obras??