quinta-feira, setembro 20, 2007

TEATRO OFICINA

O Teatro Oficina surgiu em 1958, quando dois estudantes da Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, em São Paulo, Renato Borghi e José Celso Martinez Corrêa, organizaram um grupo de teatro amador, juntamente com Carlos Queiroz Telles, Amir Haddad, Moracy do Val, dentre outros. O início das atividades do Oficina foi a estréia de A ponte, de Carlos Queiroz Telles, e Vento forte para um papagaio subir, de Zé Celso. Também Antônio, de Zerbini, O guichê, de Jean Tardieu e Geny no pomar, de Charles Thomas.

Em dezembro de 1959, o grupo apresentou As moscas, de Sartre. Em 1960 encenou A engrenagem, também de Sartre. No início do mesmo ano, em co-produção com o Teatro de Arena, o Oficina montou Fogo frio, de Benedito Ruy Barbosa. Em 1961 estreou A vida impressa em dólar, de Clifford Odetts, que devido a perseguições da censura rendeu uma passeata do elenco amordaçado pelas ruas de São Paulo.

Em dezembro de 1961, o Oficina estreou José, do porto à sepultura, de Augusto Boal. O espetáculo seguinte, em 1962, foi Todo anjo é terrível, de Ketti Frings. Ainda em 1962, surgiu Quatro num quarto, de Katáiev, na época em que Ittala se integrou ao grupo. A princípio, a atriz começou a trabalhar no Oficina meio por acaso, como uma espécie de tesoureira e auxiliar de escritório. Um dia, durante a ausência da atriz Rosamaria Murtinho, que ficou doente, Ittala assumiu seu personagem, Ludmila, em Quatro num quarto, e acabou ganhando o papel.

A peça seguinte foi Os pequenos burgueses, de Gorki, em agosto de 1963. “O Oficina representava, naquele momento, a síntese de todos os meus desejos. Acreditávamos num homem melhor, numa sociedade mais justa e igualitária. Havia uma familiaridade enorme entre os personagens gorkianos e nós. A peça parecia escrita por um autor nacional, tal a semelhança entre a vida daqueles tipos russos e a do homem brasileiro”, escreve.

Contam que, em 3 de abril de 1964, três dias após o golpe militar, já não foi possível fazer Os pequenos burgueses: o espetáculo foi suspenso pela censura quase na hora ir à cena. A todo momento chegavam notícias alarmantes de perseguições e prisões de artistas e intelectuais. Como Zé Celso, Renato e Fernando Peixoto estariam numa lista de perseguidos, o grupo optou por escondê-los no sítio da família da atriz Célia Helena, entre São Paulo e Rio.

A solução para que o Oficina não parasse de funcionar foi montar uma comédia e não deixar o teatro desativado por um minuto sequer, a fim de impedir uma possível invasão do prédio pela polícia política. Isso foi resolvido com os cursos de interpretação dados pelo ator russo naturalizado brasileiro, Eugênio Kusnet, que ocupava o teatro durante o dia e com os ensaios da comédia à noite.

O grupo escolheu montar Toda donzela tem um pai que é uma fera, de Gláucio Gil, dirigido por Benedito Corsi. No elenco, Ittala Nandi, Cláudio Marzo, Eugênio Kusnet, Célia Helena, Miriam Mehler e Raul Cortez, mais tarde substituído por Tarcísio Meira. Depois dos ensaios, Ittala e Cláudio Marzo iam levar mantimentos para os clandestinos Zé Celso, Renato Borghi e Fernando Peixoto. Segundo Ittala, o grupo Oficina recebia muitos telefonemas de ameaças, e camburões da polícia estacionavam em frente ao teatro.

Alguns meses depois, a lista negra, que incluía os nomes desses “foragidos”, foi momentaneamente suspensa. Os três puderam sair do esconderijo e pensar em retomar a montagem de Os pequenos burgueses. Mas isso só aconteceu após dois meses de luta contra a censura..., passado o instante em que grupo teve de pagar “uma bela quantia à censura”. Mas a sua interpretação em Toda donzela... acabou lhe rendendo o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, dado pela Associação de Críticos Paulistas naquele ano Os pequenos burgueses voltou em cartaz contendo uma sabotagem do sistema contra-revolucionário implantado em abril: os censores proibiram a execução da Internacional, hino que encerrava o espetáculo, sendo substituído pela Marselhesa. Mas como a peça tratava da vitória proletária, o sucesso entre o público resultou estrondoso de qualquer maneira. Se o hino do proletariado foi proibido, o conteúdo revolucionário de A Marselhesa ali ficou muito evidente.




Depois eles montaram Os inimigos, de Gorki, indicada para mostrar um painel social que se assemelhava ao momento presente. Trata da questão de luta de classes: patrões versus operários e a repressão, mostrando a impossibilidade de existir o “patrão bonzinho”. O cartaz para a divulgação do espetáculo mostrava uma enorme bota militar esmagando os personagens da peça. Os inimigos estreou em janeiro de 1966 e, óbvio, a censura não deixou o Oficina em paz durante toda a temporada. Numa apresentação, no Rio de Janeiro, se encontrava o ditador de turno, general Castelo Branco, que no final do espetáculo foi cumprimentar o elenco.

No dia 31 de maio de 1966, um grande incêndio destruiu, quase que por completo, as instalações do Oficina. O laudo do incêndio dizia que um pedaço de madeira em chamas atravessou o forro do teatro e caiu na platéia. Rapidamente tudo foi destruído. Mas isso não desanimou o pessoal do Oficina, que saiu em busca de empréstimos e depois de um ano e meio, reinaugurou a sede reformada.

Durante o período das obras, o Oficina se apresentou em outras casas e viajou pelo Brasil com remontagens. Ainda em 1966, Ittala participou de um trabalho fora do Oficina: Senhor Puntilha e seu criado Matti, de Brecht, sob a direção de Flávio Rangel — desempenho que lhe proporcionou uma bolsa de estudos, por seis meses, em Paris, oferecida pelo governo francês.


Em 29 de setembro de 1967, O rei da vela, de Oswald de Andrade, reinaugurou, ao som de Yes, nós temos bananas, de Lamartine Babo, cheio de deboche e irreverência, o Oficina. A peça, escrita em 1933, ainda não havia sido encenada por ninguém.

“O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade foi montado pelo Teatro Oficina, com direção de José Celso Martinez Corrêa trinta e três anos depois de escrito e ainda assim revelou traços de vanguarda. Tinha por objetivo destruir a equivocada concepção do “Brasil exótico”, do “país tropical produtor de bananas”. Com essa montagem histórica o Oficina alcança grande notoriedade, lançando o tropicalismo, que aglutina setores da música, do cinema e das artes plásticas, dando impulso a um movimento estético coeso e de abrangência nacional.


O espetáculo rendeu muitos telefonemas de ameaças, mas foi sucesso absoluto de público, com uma receptividade maravilhosa da platéia, que aplaudia em cena aberta.



--> ainda falta muita história sobre esse grupo... mas depois eu coloco aqui, ok.

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TEATRO NO BRASIL

As primeiras manifestações teatrais européias chegaram ao Brasil através dos Jesuítas, entre os séculos XVI e XVII. Eram autos religiosos representados ao ar livre, nas praças ou na frente das igrejas, destinados à conversão dos nativos e à pregação moral para os europeus. Encenavam-se os mistérios da Paixão de Cristo e a vida dos santos, de acordo com a tradição medieval. A essas representações, misturavam-se, às vezes, elementos indígenas: na intenção de catequizar, o teatro jesuíta fazia das divindades indígenas a encarnação do mal, opondo-as aos santos. Os únicos registros dramaturgicos desse período são do missionário e poeta José de Anchieta.

O TBC



Papel importante teve o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), primeira companhia de teatro brasileira, cujo principal trabalho se desenvolveu na década de 50. Fundado em 1948 pelo empresário Franco Zampari, o TBC formou uma geração de atores profissionais. O teatro recebia ajuda financeira das classes abastadas, atraindo profissionais de gabarito que fugiam da Europa abalada pela guerra. O TBC mantinha sob contrato um elenco formado pelos melhores atores da nova geração (Tônia Carreiro, Paulo Autran, Cacilda Becker, Adolfo Céli, Maria Della Costa, Walmor Chagas, Cleide Yáconis entre outros), logo a vida teatral daquela época passou a girar em torno dele.
O TBC é o empreendimento que, ao longo de seus 16 anos de existência, transforma o rumo da cena nacional. A partir da experiência desta companhia consolida-se o advento da encenação moderna no país; a profissionalização dos atores; a simbiose entre divertimento e cultura, sem nunca perder de vista a questão da produtividade a partir do faturamento da bilheteria; o treinamento e formação do ator no sentido da subordinação à intenção do espetáculo, ou seja dos parâmetros da encenação (a visão do diretor); como também o projeto da casa de espetáculos agregando uma oficina de produção teatral (ateliê, guarda-roupa, marcenaria, arquivo).  

O ARENA

“Eles não usam black-tie”, de Gianfrancesco Guarniere estreou em São Paulo em 1958. A montagem foi feita pelo Teatro de Arena e teve a direção de José Renato.
Com origem nos anos 1950, o Arena torna-se o mais ativo disseminador da dramaturgia nacionalista que domina os palcos nos anos 1960, aglutinando expressivo contingente de artistas comprometidos com o teatro popular.
Abordando problemas sociais decorrentes do processo de industrialização do país, “Eles não usam black-tie”, de certa forma, inaugura nossa dramaturgia social urbana.

CINEMA NOVO

O Cinema Novo de Glauber Rocha, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Paulo Cesar Saraceni, Walter Lima Jr. e Nelson Pereira dos Santos se tornaria o movimento estético e intelectual mais denso e produtivo de nossa história.
O regime militar atingia seu poder máximo e asfixiava os setores culturais do país.
Os cineastas do cinema novo propunham uma estética da fome.

“O cinema novo não é uma questão de idade; é uma questão de verdade.”
Paulo Cezar Saraceni



Glauber Rocha foi o maior defensor e realizador dos principais filmes “Cinema Novo”, como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e Barravento (1962), propunha filmar apenas com uma câmara na mão e uma idéia na cabeça, em uma já célebre frase que até hoje causa controvérsias.

Clique aqui (site oficial do Glauber Rocha)

Clique aqui (Trecho de Deus e o Diabo na terra do sol, de Glauber Rocha)


Todo o ideário do Cinema Novo era baseado na discussão do nacional, na controvérsia e na negação da versão oficial.

Muitos se prendem a este cinema revolucionário e utópico, que queria mudar o mundo, mas acabou eclipsado pela violência militar e econômica que não permitiu a formação de autênticos autores. Muitos desconhecem os filmes, as idéias e principalmente os feitos alcançados por nossos maiores pensadores do cinema.

Cinema no Brasil

A VERA CRUZ



A Cia. Cinematográfica Vera Cruz foi o mais importante estúdio cinematográfico brasileiro da década de 50. Foi fundada pelo produtor italiano Franco Zampari e pelo empresário Ciccillo Matarazzo em São Bernardo do Campo – SP, em 1949.
Durante os quatro anos em que ela sobreviveu, realizou cerca de 20 filmes de longa-metragem.

A primeira produção da Vera Cruz, CAIÇARA, de 1950, narra o drama de uma jovem que se casa com um homem autoritário em uma aldeia de pescadores. Prêmio de melhor filme brasileiro no Festival de Punta del Este, em 1951. Dirigido por Adolfo Celi. Com Eliane Lage e Mário Sérgio.


ANGELA (1950) conta a história de Gervásio, jogador inveterado e de pouca sorte, perde sua última propriedade, a mansão onde vive com a mãe, a enteada e a esposa doente. O vencedor do jogo, Dinarte, um homem de decisões súbitas e de grande sorte no jogo, insiste em ver a propriedade naquela mesma noite. Durante a visita Ângela, a enteada, comunica o falecimento da esposa. Dinarte acaba se envolvendo com Ângela, com quem se casa, depois de deixar sua amante Vanju, uma cantora popular. Os dois vivem momentos de felicidade numa viagem pitoresca às Missões e ao Rio de Janeiro. Com o nascimento da filha, Dinarte promete não jogar mais, contudo, entre bilhares, cavalos e brigas de galos termina perdendo tudo, assim como Gervásio, que continua decaindo cada vez mais. Enquanto isso a família se dissolve, restando a Ângela somente o seu bebê e algumas recordações.
Com Eliane Lage e Alberto Ruschel. Dir. de Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne.


TERRA É SEMPRE TERRA, de 1951
Numa plantação de café abandonada, o capataz Tonico dirige tudo com mão de ferro. Casado com uma mulher muito mais jovem, admira-a apenas como um objeto.Seu único interesse é conseguir dinheiro, roubando nas colheitas . Na cidade, a dona da plantação decide mandar seu filho, jogador e mulherengo, cuidar da fazenda. Jogando, perde muito dinheiro, inclusive o dinheiro guardado para o pagamento de seus peões. Tonico se oferece para comprar-lhe a plantação e, assim, pagar-lhe as dívidas de jogo. Dir. De Tom Payne.


APASSIONATA, de 1952, conta a história de uma grande pianista que faz todos os sacrifícios pela sua arte, até que se vê acusada, pela governanta, da morte de seu marido. Uma vez comprovada sua inocência, retira-se para um lugar junto ao mar, onde conhece Pedro, o diretor de um reformatório de jovens delinqüentes, que por ela se apaixona, reconhecendo sua verdadeira identidade. Pedro tenta dissuadi-la de fazer uma turnê, mas ela prefere a carreira ao amor e volta a dar concertos. Com Tônia Carrero e Anselmo Duarte. Dir. de Fernando de Barros.


O drama psicológico-policial VENENO, de 1952, conta a história um homem que ama apaixonadamente sua esposa e desconfia que esse amor não é correspondido. Passa a confundir vida e sonho até que acaba envenenando sua esposa. Dirigido por Giannei Pons.

Produção da Vera Cruz envereda pelo gênero “popularesco” da comédia, SAI DA FRENTE, de 1952, mostra um dia atrapalhado na vida do dono de um caminhão bem velho. Ao fazer uma mudança de São Paulo para Santos, ele se envolve em inúmeras confusões com burocratas, policiais e motoristas de carro. Inesquecível interpretação de Mazzaropi. Dirigido por Abílio Pereira de Almeida.

TICO-TICO NO FUBÁ, de 1952, é de uma biografia do compositor popular Zequinha de Abreu. Ele compõe Tico-tico no Fubá para sua amada, mas o destino não os deixa ficar juntos. Depois de muito tempo a encontra, por acaso e, enquanto tocava a música que havia composto para, ela emociona-se e morre. Com Tônia Carrero e Alselmo Duarte. Direção de Adolfo Celi.


NADANDO EM DINHEIRO, 1952:
Isidoro descobre que é herdeiro único de uma grande fortuna. Muda-se para a mansão herdada e começa a viver como milionário. Num jantar de gala descobre que as pessoas presentes à festa caçoavam de seus modos de novo rico. Isidoro começa a ter uma vida dupla, que acaba provocando uma série de confusões. Quando sua esposa decide deixá-lo, ele lhe conta de sua nova situação financeira pedindo-lhe, em vão, que volte. Triste, ele volta à sua mansão, onde é atacado por robôs que comprara de um investidor. Contudo, quando os robôs atacam, Isidoro acorda em sua pequena casa ao lado de sua mulher e filha. Nadando em dinheiro, mas ....em sonho. Uma comédia com Mazzaropi. Dir. de Abílio Pereira de Almeida e Carlos Thiré.

SINHA MOÇA, 1952:
Na pequena cidade de Araruna, no fim do século passado, as contínuas fugas de escravos traziam os grandes senhores alarmados, em especial o coronel Ferreira. É nessa ocasião que sua filha Sinhá Moça regressa de São Paulo dominada pelos ideais abolicionistas. Em sua viagem de volta conhece Rodolfo Fontes, filho de um renomado médico de Araruna, abolicionista entusiasta. No primeiro instante os dois jovens sentem-se mutuamente atraídos, porém, logo ela descobre as tendências escravocratas de Rodolfo e trava-se em seu espírito a luta entre seu amor pelo jovem e suas convicções humanitárias. O responsável pela fuga de escravos é levado ao tribunal e, para surpresa de todos, o jovem Rodolfo, confesso escravocrata, serve-lhe de advogado de defesa. Com Eliane Lage e Anselmo Duarte. Direção de Tom Payne.


Em FAMÍLIA LERO LERO, de 1953, a Vera Cruz continua investindo na comédia popularesca. Trata-se da história de um funcionário público atormentado pelos inesgotáveis desejos de sua família, na qual ninguém trabalhava. Com Walter D’Ávila e Renato Consorte. Dirigido por Alberto Pieralisi.

Com o filme CANGACEIRO, de 1953, veio a primeira grande consagração mundial da companhia , com a premiação do diretor Lima Barreto no Festival de Cannes. Aborda o conflito entre dois cangaceiros para recuperar uma professora raptada. Essa mistura de faroeste nordestino com drama romântico, épico e histórico, tornou-se um clássico do cinema brasileiro, criando um gênero, o filme de cangaço.


UMA PULGA NA BALANÇA, 1953
Um ladrão se deixa prender voluntariamente. Uma vez instalado na prisão ele procura nos jornais, diariamente, os nomes mais ilustres falecidos e envia, às suas famílias, uma carta extremamente comprometedora onde fica explícito que o falecido era seu parceiro num grande golpe. Essa maneira engenhosa de chantagem deixa consternada a família do morto que se apressa em pagar-lhe para manter o seu silêncio. A estória se desenrola em um ambiente no qual a hipocrisia dos herdeiros contrasta com a vida alegre e feliz de Dorival em sua cela, onde recebe suntuosamente suas vítimas. Com Waldemar Wey e Paulo Autran.

A comédia dos erros ESQUINA DA ILUSÃO, de 1953, conta as confusões criadas por Dante Rossi, dono de uma pizzaria no Braz, homônimo de um poderoso industrial de São Paulo. Essa coincidência, arranjada pela boa sorte, permitiu-lhe mentir durante muitos anos, escrevendo cartas para seu irmão na Itália nas quais dizia que "tinha feito a América". Seu irmão, encantado com tantas maravilhas, resolve visitar o falso milionário. Mas Dante consegue dinheiro emprestado com outros emigrantes sem fortuna, mas solidários com a idéia de aparentar grande vida. O milionário verdadeiro, também envolvido na trama, começa a desconfiar de que está acontecendo qualquer coisa fora do comum até que se desencadeia a grande confusão final. Com Alberto Ruschel e Ilka Soares. Dir. de Ruggero Jacobbi .


LUZ APAGADA, 1953:
Olavo, desde o falecimento de sua mulher nunca mais foi à cidade. Só a filha Glória é vista na cidadezinha, conversando sempre com Tião, amigo de infância. Embora corressem as mais estranhas histórias sobre a ilha, Tião sente-se atraído pela figura selvagem de Glória. Um dia, o comandante da administração portuária comunica que está enviando um ajudante. Glória pede a Tião que se case imediatamente com ela para que seja nomeado ajudante de seu pai. Antes que Tião se decida, Daniel chega à ilha e disputa com Tião o amor de Glória. Ocorre uma tragédia cujos detalhes são escondidos pela noite escura, com a luz do farol apagada.


É PROIBIDO BEIJAR, de 1954, é uma comédia sofisticada, considerada bastante americanizada. Um reles cronista social de São Paulo vê-se envolvido com a filha de um rico milionário, que se disfarça de atriz hollywoodiana. Dirigido por Ugo Lombardi. Com Tônia Carrero e Mário Sérgio.


No drama policial NA SENDA DO CRIME, de 1954, quatro jovens assaltam uma casa grã-fina, levando o dinheiro e um colar. O chefe do bando, ao mesmo tempo que esconde o que foi roubado, começa a disputar com um milionário o amor de uma vedete. Com Cleyde Yáconis e Miro Cerni. Dirigido por Flaminio Bollini Cerri.

CANDINHO, 1954:
Como o Moisés bíblico, Candinho foi encontrado nas águas, só que nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo. Candinho e o jumento crescem juntos, mas, um dia Candinho, um pouco mais inteligente que Policarpo, convenceu-se de que a vida era muito dura: por qualquer coisa errada, era espancado pelo seu benfeitor, o proprietário da fazenda, e decide fugir para São Paulo. A grande Babel assusta os dois caipiras. Candinho conhece Filoca, uma taxi-girl por quem se apaixona. Qualquer semelhança, mesmo que vaga, com o Cândido de Voltaire é claramente intencional. Mais uma comédia com Mazzaropi.


FLORADAS NA SERRA, 1954 (última produção da Vera Cruz)
Lucília descobre que está com tuberculose. Mas não consegue suportar o tratamento na clínica em Campos do Jordão. Enquanto esperava para voltar a São Paulo, conhece Bruno, que a faz perder o trem e começam um romance. Porém a paixão de Lucília consome rapidamente sua saúde, enquanto Bruno vai se recuperando e começa a se interessar por Olívia, outra paciente da clínica. Com Cacilda Becker e Jardel Filho.