terça-feira, novembro 02, 2010

Ajudinha 4 de 2010

Para aqueles que precisam rever imagens, uma ajudinha.

SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA

PÓS-MODERNISMO

HÉLIO OITICICA E LYGIA CLARK

Gostaria de deixar AQUI o link pro site do Projeto Portinari. É muito bom, bem completo e será muito interessante para vocês conhecerem melhor esse artista do interior de São Paulo.

Gostaria de lembrar que nada, nada mesmo substitui a atenção às aulas. Espero ter ajudado.


Pra quem quer ver algumas obras ao vivo aqui em São Paulo, indico:


MAC - USP


Cidade Universitária
Rua da Praça do Relógio, 160 (antiga Rua da Reitoria) - Cidade Universitária
Horários:
Terça à sexta das 10 às 18; Sábado, domingo e feriados das 10 às 16 horas
Segunda-feira fechado




Ibirapuera
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3° piso - Parque Ibirapuera
Horários:
Terça a domingo das 10 às 18 horas
Segunda-feira fechado


ATENÇÃO: a entrada no MAC é sempre GRATUITA!


MAM - SP
Parque do Ibirapuera, portão 3 - s/nº
Horários:
Bilheteria: terça a domingo e feriados das 10h às 17h30
Visitação: terça a domingo e feriados das 10h às 18h
Fechado às segundas-feiras (inclusive feriados)
Entrada: R$5,50
Meia entrada para estudantes, mediante apresentação da carteirinha
Gratuidade para menores de 10 e maiores de 65 anos, sócios do MAM e funcionários das empresas parceiras
ATENÇÃO: ENTRADA GRATUITA AOS DOMINGOS!



MASP
Avenida Paulista, 1578
Próximo à estação do metrô Trianon-MASP
Horários:
Segunda-feira: fechado
De terça a domingo: das 11h às 18h (bilheteria aberta até até 17h30)
Quinta-feira: das 11h às 20h (bilheteria até até 19h30)
.

Ingressos:
Para público em geral: R$15,00 (valor inteiro)
Para estudantes, professores e aposentados com comprovantes: R$7,00 (meia-entrada)
Menores de 10 e maiores de 60 anos não pagam
ATENÇÃO: Terça-feira: entrada gratuita para o público em geral!



PINACOTECA
Pinacoteca do Estado de São Paulo 
Praça da Luz, 02 - Luz - Tel. 11 3324-1000

Estação Pinacoteca
Largo General Osório,66 - Centro - Tel. 11 3335-4990
Horários:
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h
Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00
Estudantes com carteirinha pagam meia entrada.
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.

ATENÇÃO: Grátis aos sábados!

Hélio Oiticica e Lygia Clark

Mais uma vez venho aqui nesse blog pra falar de Hélio Oiticica e Lygia Clark. Tem um post de 2008 chamado Arte Contemporânea Brasileira. Mas lá não tem tudo o que eu gostaria que vocês soubessem sobre eles, sobretudo sobre Oiticica.
Primeiramente gostaria de dividir a obra desse artista em 5 tipos. (Não gosto muito disso, de rotular sua obra, mas por questões didáticas fica mais fácil.) A obra dele é muito mais que isso... Esses nomes são apenas os principais. Se você gostar desse artista incrível, procure conhecê-lo mais e melhor. O Itaú Cultural tem um Programa sobre ele. Vale a pena conferir: programa Hélio Oiticica.

Basicamente, suas obras são:

Metaesquemas: pinturas abstratas geométricas. Note o início do estudo sobre o espaço e o movimento.


Núcleos: placas quadrangulares que ocupam o espaço. Uma certa forma de trazer para a realidade as pinturas de seus metaesquemas.


Penetráveis: salas, instalações, ninhos.


Parangolés: capas, obras de vestir, dançar, sentir.


Bólides: objetos artísticos feitos com materiais diversos, muitas vezes encontrados no cotidiano.

Só para constar, na 29a Bienal Internacional de São Paulo temos algumas obras de Oiticica. Clique aqui pra dar uma olhada!

Sobre Lygia, o post anterior, de 2008 já pode ser útil.

Gostaria de dizer também, sobre eles, que são artistas fundamentais na História da Arte. Suas obras influenciaram muitos artistas pelo mundo. A proposta de interação, participação, múltiplas sensações estão presentes em obras de vários artistas contemporâneos. Eles fizeram com que a arte não fosse apenas para ser contemplada, mas também sentida. O público deixa de ser passivo e passa a ser parte da atividade criadora!

Beijocas artísticas a todos!

Terceira Geração Modernista / Pós Modernismo

Depois da Segunda Guerra Mundial, ou melhor, nos anos 1950, a Arte Brasileira passou por um processo de intensa abstração.
Várias coisas contribuíram para esse fato. Primeiro, podemos citar a abertura do MASP - Museu de Arte de São Paulo em 1947 (ainda não era na sede atual, na Avenida Paulista, e sim no prédio dos Diários Associados, que na época era o maior conglomerado de comunicação do país). Depois a criação do MAM-SP e MAM-RJ. Esses espaços eram voltados à arte moderna e foram responsáveis pela aproximação da população a esse tipo de arte.


Além disso, no ano de 1950 aconteceu em São Paulo uma exposição inovadora do artista suiço Max Bill, em que ele mostrou, entre outras obras, Unidade Tripartida. Esta era uma escultura abstrata, algo bastante moderno até mesmo para os modernistas brasileiros. No ano seguinte aconteceu a primeira Bienal de São Paulo e, mais uma vez, Max Bill chamou a atenção. Ele recebeu, com essa mesma obra, o primeiro prêmio do evento.


Era o início de uma arte brasileira abstrata e concreta. Vão se formar dois grupos de artistas abstratos no Brasil: o grupo FRENTE no Rio de Janeiro e o grupo RUPTURA em São Paulo.

Alguns artistas do Ruptura:


Waldemar Cordeiro

Movimento, 1951

Geraldo de Barros

Função Diagonal, 1952


Alguns artistas do Frente:

Ivan Serpa

Formas, 1951

Lygia Pape

Sem título, 1858

Nesse período vamos ter ainda alguns artistas que lançam uma nova tendência da arte: A ARTE INTERATIVA. Saídos do grupo Frente, Hélio Oiticica e Lygia Clark revolucionam a arte.

Assunto para outro post.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Modernismo, uma revisão

Aqui no blog mesmo tem umas coisas que podem ser úteis aos bonitinhos do segundo desse ano. Por exemplo:
Sobre o início do Modernismo no Brasil:
http://prosalunos.blogspot.com/2007/05/modernismo-brasileiro.html

Mais imagens de Lasar Segall

O Bananal

Navio de Emigrantes

Pogron

Sobre Anita Malfatti:
e também tem o texto de Monteiro Lobato a respeito da exposição de 1917:

Sobre a Semana de Arte Moderna:

Outros artistas da Primeira Geração Modernista (além da Anita):

Di Cavalcanti:

Nascimento de Vênus

Victor Brecheret
(gente... é "ponto NON" mesmo, viu!!!!)

Monumento às Bandeiras (deixa que eu empurro)

Só o coitado lá atrás é que está empurrando o barco! Reparou?? (por isso o apelido carinhoso desse monumento)

Portadora de Perfumes

Tarsila do Amaral

Abaporu
Lembrem-se que Tarsila do Amaral não participou da Semana de Arte Moderna em 1922 - ela estava em Paris. Só depois, em 1923 ela começa a fazer parte do Modernismo Brasileiro.

Manifesto Antropofágico (escrito por Oswald de Andrade inspirado pela obra "Abaporu" de Tarsila do Amaral).

É importante lembrar do gesto antropófago, da deglutição! Comer, devorar o outro para criar o seu! (e esse "outro" não é só o europeu, mas qualquer outro... sobretudo o simples, o brasileiro).

"TUPI OR NOT TUPI, THAT IS THE QUESTION."

Espero que ajude!
Grande abraço a todos!

segunda-feira, agosto 09, 2010

PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO

Pessoal, mais uma vez coloco aqui o texto que Monteiro Lobato escreveu a respeito da exposição da Anita Malfatti. Gostaria de discutir esse texto com você. Saber o que concordam ou discordam das ideias de Lobato...


"A Boba", Anita Malfatti (1915/16)
MAC USP


PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO
Monteiro Lobato
Estado de São Paulo, 20/12/1917

Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêm as coisas e em consequência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres.
Quem trilha esta senda, se tem gênio é Praxiteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Reynolds na Inglaterra, é Dürer na Alemanha, é Zorn na Suécia, é Rodin na França, é Zuloaga na Espanha. Se tem apenas talento, vai engrossar a plêiade de satélites que gravitam em torno desses sóis imorredouros.
A outra espécie é formada dos que vêm anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro. Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esquecimento.
Embora se dêem como novos, como precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu como a paranóia e a mistificação.
De há muito que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios.
A única diferença reside em que nos manicômios essa arte é sincera, produto lógico dos cérebros transtornados pelas mais estranhas psicoses; e fora deles, nas exposições públicas zabumbadas pela imprensa partidária mas não absorvidas pelo público que compra, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo tudo mistificação pura.
Todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem da latitude nem do clima.
As medidas da proporção e do equilíbrio na forma ou na cor decorrem do que chamamos sentir. Quando as coisas do mundo externo se transformam em impressões cerebrais, “sentimos”. Para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em desarranjo por virtude de algum grave destempero.
Enquanto a percepção sensorial se fizer no homem normalmente, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá “sentir” senão um gato; e é falsa a “interpretação” que o bichano fizer do totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes.
Estas considerações são provocadas pela exposição da sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia.
Essa artista possui um talento vigoroso, fora do comum. Poucas vezes, através de uma obra torcida em má direção, se notam tantas e tão preciosas qualidades latentes. Percebe-se, de qualquer daqueles quadrinhos, como a sua autora é independente, como é original, como é inventiva, em que alto grau possui umas tantas qualidades inatas, das mais fecundas na construção duma sólida individualidade artística.
Entretanto, seduzida pelas teorias do que ela chama arte moderna, penetrou nos domínios de um impressionismo discutibilíssimo, e pôs todo o seu talento a serviço duma nova espécie de caricatura.
Sejamos sinceros: futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros ramos da arte caricatural. É a extensão da caricatura a regiões onde não havia até agora penetrado. Caricatura da cor, caricatura da forma – mas caricatura que não visa, como a verdadeira, ressaltar uma idéia, mas sim desnortear, aparvalhar, atordoar a ingenuidade do espectador.
A fisionomia de quem sai de uma de tais exposições é das mais sugestivas.
Nenhuma impressão de prazer ou de beleza denunciam as caras; em todas se lê o desapontamento de quem está incerto, duvidoso de si próprio e dos outros, incapaz de raciocinar e muito desconfiado de que o mistificaram grosseiramente.
Outros, certos críticos, sobretudo, aproveitam a vasa para “épater le bourgeois” (chocar o burguês). Teorizam aquilo com grande dispêndio de palavreado técnico, descobrem na tela intenções inacessíveis ao vulgo, justificam-nas com a independência de interpretação do artista; a conclusão é que o público é uma besta e eles, os entendidos, um grupo genial de iniciados nas transcedências sublimes duma Estética Superior.
No fundo, riem-se uns dos outros – o artista do crítico, o crítico do pintor. É mister que o público se ria de ambos.
“Arte moderna”: eis o escudo, a suprema justificação de qualquer borracheira.
Como se não fossem moderníssimos esse Rodin que acaba de falecer, deixando após si uma esteira luminosa de mármores divinos; esse André Zorn, maravilhoso virtuose do desenho e da pintura; esse Brangwyn, gênio rembrandtesco da babilônia industrial que é Londres; esse Paul Chabas, mimoso poeta das manhãs, das águas mansas e dos corpos femininos em botão.
Como se não fosse moderna, moderníssima, toda a legião atual de incomparáveis artistas do pincel, da pena, da água-forte, da “ponta-seca”, que fazem da nossa época uma das mais fecundas em obras primas de quantas deixaram marcos de luz na história da humanidade.
Na exposição Malfatti figura, ainda, como justificativa da sua escola, o trabalho de um “mestre” americano, o cubista Bolynson. É um carvão representando (sabe-se disso porque o diz a nota explicativa) uma figura em movimento. Ali está entre os trabalhos da sra. Malfatti em atitude de quem prega: eu sou o ideal, sou a obra prima; julgue o público do resto, tomando-me a mim como ponto de referência.
Tenhamos a coragem de não ser pedantes; aqueles gatafunhos não são uma figura em movimento; foram isto sim, um pedaço de carvão em movimento. O sr. Bolynson tomou-o entre os dedos das mãos, ou dos pés, fechou os olhos e fê-lo passear pela tela às tontas, da direita para a esquerda, de alto a baixo. E se não fez assim, se perdeu uma hora da sua vida puxando riscos de um lado para outro, revelou-se tolo e perdeu o tempo, visto como o resultado seria absolutamente igual.
Já em Paris se fez uma curiosa experiência: ataram uma brocha à cauda de um burro e puseram-no de traseiro voltado para uma tela. Com os movimentos da cauda do animal a brocha ia borrando um quadro...
A coisa fantasmagórica disso resultante foi exposta como um supremo arrojo da escola futurista, e proclamada pelos mistificadores como verdadeira obra prima que só um ou outro raríssimo espírito de eleição poderia compreender.
Resultado: o público afluiu, embasbacou, os iniciados rejubilaram – e já havia pretendentes à compra da maravilha quando o truque foi desmascarado.
A pintura da sra. Malfatti não é futurista, de modo que estas palavras não se lhe endereçam em linha reta; mas como agregou à sua exposição uma cubice, queremos crer que tende para isso como para um ideal supremo.
Que nos perdoe a talentosa artista, mas deixamos cá um dilema: ou é um gênio o sr. Bolynson e ficam riscadas desta classificação, como insignes cavalgaduras cortes inteiras de mestres imortais, de Leonardo a Rodin, de Velazquez a Sorolla, de Rembrandt a Whistler, ou... vice versa. Porque é de todo impossível dar o nome de obra d’arte a duas coisas diametralmente opostas como, por exemplo, a “Manhã de Setembro” de Chabas e o carvão cubista do sr. Bolynson.
Não fosse profunda a simpatia que nos inspira o belo talento da sra. Malfatti, e não viríamos aqui com esta série de considerações desagradáveis. Como já deve ter ouvido numerosos elogios à sua nova atitude estética, há de irritá-la como descortês impertinência a voz sincera que vem quebrar a harmonia do coro de lisonjas.
Entretanto, se refletir um bocado verá que a lisonja mata e a sinceridade salva.
O verdadeiro amigo de um pintor não é aquele que o entontece de louvores; sim, o que lhe dá uma opinião sincera, embora dura, e lhe traduz chãmente, sem reservas, o que todos pensam dele por detrás.
Os homens têm o vezo de não tomar a sério as mulheres artistas. Essa é a razão de as cumularem de amabilidades sempre que elas pedem opinião.
Tal cavalheirismo é falso; e sobre falso nocivo. Quantos talentos de primeira água não transviou, não arrastou por maus caminhos, o elogio incondicional e mentiroso? Se víssemos na Sra. Malfatti apenas a “moça prendada que pinta”, como as há por aí às centenas, calar-nos-íamos, ou talvez lhe déssemos meia-dúzia desses adjetivos bombons que a crítica açucarada tem sempre à mão em se tratando de moças.
Julgamo-la, porém, merecedora da alta homenagem que é ser tomada a sério e receber a respeito de sua arte uma opinião sinceríssima – e valiosa pelo fato de ser o reflexo da opinião geral do público não idiota, dos críticos não cretinos, dos amadores normais, dos seus colegas de cabeça não virada – e até dos seus apologistas.
Dos seus apologistas, sim, dona Malfatti, porque eles pensam deste modo... por trás.

quarta-feira, junho 16, 2010

Ajuda de junho

Para ajudá-los, aqui estão links pras postagens antigas que podem ajudá-los.

MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA
http://prosalunos.blogspot.com/2008/06/misso-artstica-francesa.html

ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES
http://prosalunos.blogspot.com/2010/05/academia-imperial-de-belas-artes.html

ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES
http://prosalunos.blogspot.com/2010/05/escola-nacional-de-belas-artes.html

Alguma coisa sobre teatro do século XIX
http://prosalunos.blogspot.com/2008/10/origens-martins-pena.html


Aproveito a oportunidade para lembrá-los que várias obras que estão ai, nos assuntos acima, estão na Pinacoteca do Estado aqui em São Paulo (do ladinho do metrô Luz). Aproveitem e olhem algumas exposições que estão acontecendo por lá.
http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?c=exposicoes&mn=100

Outra dica (nem que seja só uma viagem virtual) é o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.
http://www.mnba.gov.br/abertura/abertura.htm

Olha só a galeria com as duas obras enormes (Baralha do Avahy do Pedro Américo e Batalha dos Guararapes do Vitor Meireles)

Abraços a todos!

Boi ou búfalo?

ESSA É A POSTAGEM MAIS VISTA DO MEU BLOG. O QUE ME DEIXA MEIO TRISTE É QUE ELA NEM É EXATAMENTE SOBRE ARTE! PROVAVELMENTE AS PESSOAS ENTRAM PRA PROCURAR "BOI" OU "BÚFALO" NO GOOGLE E CHEGAM ATÉ AQUI!


CONVIDO VOCÊ QUE VEIO PARAR NESSE SITE A DAR UM PASSEIO POR ELE!!!


UM ABRAÇO!!

Já faz um tempo que estamos travando esse dilema: boi ou búfalo? Enfim... o que isso importa? Tem diferença? Claro que tem!!! Búfalo tem os chifres mais enrolados e eles formam uma espécie de tiara na cabeça do animal (hahahahahahaha). O boi (marido da vaca... que na verdade é touro --> a diferença entre boi e touro é que o touro é aquele que "pega" a vaca e aquele que é usado nos rodeios e touradas (ou seja, aquele que se dá bem ou então muito mal! hehehehe). O boi é aquele que a gente come (pelo menos gente carnívora como eu!). A gente come carne de búfalo? Não faço a menor ideia! Sei que a mulher do búfalo, a búfala, dá leite (e nós pagamos mais caro por ele do que pelo da vaca ... pelo menos quando está em forma de mussarela).

No quadro do Pedro Américo tem um carro de boi... sim, de boi. (Essa imagem aqui em cima é do animal: boi, não é?).
Eu que sou caipira e que já vi muitos bois na minha vida (seja no pasto, no rodeio e na tourada) posso dizer: BOI! BOI! BOI!
Observem bem:

Isso é um búfalo. Olhem só os chifres! Nada a ver com boi!!!

(Parece uma tiara-capacete)


Esse da foto ai em baixo é um touro (o  Boi Bandido, famoso! Participou até de novela!)
Viram?????

É diferente, não é!!!!!!

Ok, ok... vocês não vão parar de dizer que é um búfalo no quadro do Pedro Américo! Tudo bem aluninhos! Tudo bem! Eu gosto muito de vocês e não vou reclamar... Mas qiue é boi, é boi!

sábado, maio 29, 2010

A Escola Nacional de Belas Artes

Com a Proclamação da República em 1889 a Academia Imperial de belas Artes passa por algumas mudanças. Inicialmente ela é fechada para passar por algumas reformas burocráticas. Como não se trata mais de um império, mas de uma república, o nome “Academia Imperial” não fazia mais sentido. Além disso, os rígidos cânones da pintura acadêmica foram, aos poucos, dando lugar a novas tendências importadas tardiamente da Europa. Com isso o termo “academia” também não fazia mais sentido – já que se refere à arte clássica acadêmica. Em um sentido de democracia, já que se tratava de uma República, acharam melhor mostrar que essa nova instituição pertencia ao povo brasileiro. Disso tudo saiu o novo nome da Academia Imperial de Belas Artes: ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES.


A mudança no nome praticamente não saiu da questão burocrática. A escola continuava a mesma, com as mesmas aulas e os mesmos professores. Claro que no final do século XIX, mesmo no Brasil, era difícil se manter longe das novas tendências que já dominavam a Europa e, portanto, alguns pensamentos foram incorporados, como o plein aire (pintura ao ar livre) desenvolvido pelos impressionistas.

A presença desses novos padrões estéticos pode ser observada nas produções de Rodolpho Amoedo (1857-1941) que, em obras como Más notícias, revela afinidades com a obra de Manet e Cena de café, em que se aproxima de Degas. A transição marcou também outros trabalhos, como os de Belmiro de Almeida (1858-1935), sensível ao Pontilhismo e a Art Nouveau, e os de Artur Timóteo da Costa (1882-1923), evidenciando propostas impressionistas.

O artista mais importante desse período de transição foi Eliseu Visconti, que foi o último artista oficial antes dos modernistas. Divulgou suas idéias pós-impressionistas e da Art Nouveau em seus trabalhos para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Sua tela Gioventu (1898) foi muito aclamada na Europa, onde chegou a ser comparada com a Monalisa de Da Vinci.

Eliseu Visconti se aproximou de vários estilos de sua época, transitando entre várias formas de expressão. “Sem pesquisa, sem procura, não pode existir nenhuma criação nova” Eliseu Visconti.



Gioventu (1898)
Óleo sobre tela, 65 x 49 cm.
Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.

A Academia Imperial de Belas Artes

Em 1826, dez anos depois da chegada da Missão Artística Francesa, a ACADEMIA deixa de ser apenas uma idéia.

O grupo original já não existia. Alguns tinham morrido, outros, como Taunay, voltado pra Europa. Só sobraram Debret e Grandjean de Montigny.
Nem o país era mais o mesmo, em 1822 acontece a Independência e com isso, surge uma temática nacionalista nas artes em geral: era necessário se escrever a história do Brasil e criar uma iconografia que fosse nacional. Retratos de personalidades e fatos históricos tomaram conta da pintura acadêmica, inspirados em mestres de Roma e Paris e com os quais os jovens pintores brasileiros iam estudar em viagens patrocinadas pelo governo imperial.

Principais artistas da AIBA



Víctor Meirelles (1832-1903)

Victor Meirelles foi o primeiro grande aluno da Academia Imperial de Belas Artes, a AIBA. Em 1852 ele recebeu o tão desejado prêmio de viagem e foi para Roma estudar no ateliê de Tommaso Minardi.
É dele o primeiro quadro brasileiro, de tema brasileiro e feito por um brasileiro a ser exposto em Paris: isso aconteceu em 1861 e a obra é A primeira missa no Brasil.


Primeira missa no Brasil (1860)
Óleo sobre tela, 268 x 356 cm
Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes


A carta de Pero Vaz de Caminha havia sido publicada em 1817 e se tornou popular entre os intelectuais da época. A obra monumental de Meirelles foi inspirada em seus relatos e se transformou na primeira pintura histórica nacionalista no império de D. Pedro II.


Pedro Américo (1843-1905)

Pedro Américo foi um garoto prodígio. Aos nove anos foi contratado pelo naturalista francês Brunet, para fazer os desenhos científicos da flora nordestina. Matriculou-se na AIBA com apenas 13 anos de idade e se transformou em um dos artistas mais conhecidos do Brasil.
Em 1859, antes de terminar seu curso na Academia, vai para Paris, com um auxílio particular do imperador para custear seus gastos.
Modernizou a Pintura Histórica brasileira, usando amplamente a fotografia, da qual tinha se aproximado na Europa, como modelo em seus retratos. Sua tela “A batalha do Avahy”, de 1877, foi considerada a maior obra de arte que o Brasil já havia possuído até então.
Uma de suas obras mais conhecidas é, certamente, Independência ou morte (O brado do Ipiranga) feito a pedido do imperador D. Pedro II em um momento de forte declínio do império, para elevar o espírito nacionalista e valorizar o imperador.


Independência ou morte (O brado do Ipiranga) (1888)
Óleo sobre tela, 760 x 415 cm
São Paulo, Museu Paulista



Curiosidade
Por volta de 1870, Pedro Américo recebeu a encomenda de uma grande tela sobre a batalha dos Guararapes, mas ele recusou a oferta e partiu prontamente para Florença, na Itália. A oferta foi feita então a Víctor Meirelles, que também era um grande artista da época, que aceitou a encomenda.
Nesse meio tempo, Pedro Américo sabe do ocorrido e resolve também pintar uma grande tela com o mesmo tema de batalha. Escolhe a Guerra do Paraguai, mais precisamente a batalha do Avahy, e quando o quadro fica pronto vem para o Brasil e consegue com que as duas telas sejam expostas juntas.
A comparação foi inevitável. Todos se perguntavam quem seria o maior pintor brasileiro. Na ocasião a obra de Pedro Américo recebeu os louros da vitória por representar de fato uma batalha acontecendo. O quadro de Meirelles foi considerado sólido demais.
Ainda hoje essas duas obras são mostradas lado a lado e, dessa maneira podemos fazer a comparação e tirar nossas próprias conclusões.

Compare você mesmo:



Pedro Américo: Batalha do Avahy (1877)
Óleo sobre tela, 600 x 1100 cm.
Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.



Victor Meirelles: Batalha dos Guararapes (1879)
Óleo sobre tela, 494,5 x 923 cm.
Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.


Almeida Junior (1850-1899)

Almeida Júnior ingressou na AIBA em 1869, onde estudou pintura com Victor Meirelles. Concluiu seus estudos em 1874, mas não concorreu ao Prêmio de Viagem, como seria usual, já que era um grande aluno e retornou a sua cidade natal, Itu. Abriu ateliê particular em 1875 e atuou como retratista e professor de desenho. O imperador D. Pedro II, em uma viagem pelo interior de São Paulo, conheceu a obra de Almeida Junior e teria se impressionado com seus trabalhos. Com isso lhe deu uma bolsa para estudar na Europa.
Quando volta da Europa desenvolve em São Paulo uma pintura realista, mostrando a realidade urbana e também rural. Almeida Junior faz o que vinha sendo feito na Europa: coloca temas cotidianos em quadros enormes, valorizando, portanto, o dia-a-dia em detrimento das cenas históricas, que até então predominavam na pintura brasileira. Ficou muito conhecido por suas figuras de caipiras.

A leitura (1892)
Óleo sobre tela, 95 x 141 cm
São Paulo, Pinacoteca do Estado


Caipira picando fumo (1893)
Óleo sobre tela, 141 x 202 cm
São Paulo, Pinacoteca do Estado


Conclusão

A pintura acadêmica do Brasil, apesar de ter como base a arte tradicional e clássica, desenvolveu duas tendências muito marcantes:

  • Tendência Romântica
  • Tendência Realista

A primeira pode ser vista nas pinturas de caráter histórico, nacionalista e indianista, sobretudo nas obras de Victor Meirelles e Pedro Américo. A tendência romântica também pode ser relacionada ao Império. Já a tendência realista pode ser vista nas pinturas que trazem cenas comuns, costumes e tipos regionais, sobretudo nas obras de Almeida Junior. Essa tendência também pode ser relacionada ao início da República.

terça-feira, abril 13, 2010

Enfim 2010

Olá pessoas

Espero que ajude; sempre pensei na utilidade pública e cultural desse Blog. Vejam, leiam, participem.

Prometo dar mais atenção a ele!


Link para um post sobre o Período Pré-Cabralino

http://prosalunos.blogspot.com/2008/04/brasil-antes-da-chegada-de-cabral.html



Link para um post sobre Barroco Brasileiro:

http://prosalunos.blogspot.com/2008/04/barroco-brasileiro.html

http://prosalunos.blogspot.com/2008/04/barroco-mineiro.html

Este aqui é o link pro site da unesco pra quem tiver interesse em conferir a lista completa dos Patrimônios da Humanidade.


Lembrem-se... pra gente, o importante são os brasileiros.

http://whc.unesco.org/en/list


Este aqui é outro link sobre os Patrimônios... mas que dá destaque aos brasileiros. Só pra lembrar, as informações desse site vieram do livro "Conhecendo os Patrimônios da Humanidade no Brasil", de Percival Tirapeli (um dos maiores pesquisadores sobre o barroco brasileiro e meu ex professor da faculdade)

http://www.universia.com.br/especiais/patrimonios_historicos/index.htm



Abraço a todos!